Gordura Trans

quinta-feira, 15 de julho de 2010
Por Tathiana Ururahy
Sobre a gordura trans
São gorduras insaturadas que sofrem um processo de hidrogenação das gorduras vegetais (quando os líquidos em temperatura ambiente passam para a forma sólida ou pastosa). Estão presentes nas batatas fritas, nos bolos, nos biscoitos cream cracker e nas bolachas recheadas, no chocolate, nos salgadinhos, no sorvete, na pipoca de micro-ondas, na margarina e em muitos outros alimentos industrializados. Tudo porque a substância é a responsável por dar mais consistência a esses produtos, melhorando sua textura, deixando-os mais crocantes, e conservando-os por mais tempo.

Os ácidos graxos trans não surgiram de repente na alimentação. Embora em quantidade bastante inferior, sempre estiveram presentes em vegetais como alho-poró, vagem, espinafre, alface e na carne e no leite provenientes de animais ruminantes. O processo de hidrogenação acontece de forma natural no rúmen (quando o alimento que está no estômago volta à boca) dos animais. Com a fabricação de substitutos para a manteiga e as gorduras animais, e principalmente no processo de hidrogenação de óleos vegetais, a gordura trans tornou-se cada vez mais presente na dieta da população.
Reflexos à saúde
Embora seja de origem vegetal, a trans é modificada industrialmente e, graças a esse processo, o corpo humano não consegue absorvê-la. Mas, além de sua inutilidade, ela é responsável por diminuir o colesterol bom (HDL) e aumentar o colesterol ruim (LDL). Ou seja, só faz mal! Outro efeito negativo, igualmente sério, é que a substância provoca acúmulo de gorduras nas paredes dos vasos sanguíneos (aterosclerose), fator que causa ataque cardíaco e AVC. Pesquisas também mostram que mulheres com alto nível de gorduras trans no sangue têm 40% mais chances de desenvolver câncer de mama e que essa gordura também é responsável pelo desenvolvimento do câncer de cólon.

Zero gordura trans
Apesar disso, algumas empresas ainda omitem a presença do ingrediente ou estampam a informação "zero trans" quando, na verdade, ela está ali. Só podem se mostrar como livres de substâncias aqueles produtos que contêm, no máximo, 0,2g. Mas quando na embalagem a empresa afirma que o produto está isento da substância, na verdade é apenas em uma porção daquele alimento. Reparem que no rótulo vem escrito a quantidade de porção recomendada. Se a pessoa ultrapassa a recomendação, pode ingerir índice importante dessa gordura. 

Para se proteger, fique atento à tabela nutricional. Se o produto aponta 0% de trans, verifique se entre os ingredientes estão gorduras vegetais hidrogenadas, que possivelmente apresentam teor de trans. E o mais importante: controle-se para não ultrapassar a recomendação diária, de 2g.

O próximo post merece... Comer manteiga ou margarina, não é? rs

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